Como os cães aprendem
Há muitos métodos diferentes de adestrar cachorros.
2 tipos principais de aprendizagem:
- o condicionamento clássico - Pavlov
- o condicionamento operante - Skinner
Adestramento – Como os cães aprendem
Condicionamento – Clássico e Operante
Tem gente que acha que adestrar um cão é algo desnecessário, mas nem se dá conta que de alguma forma o faz ao conviver com um peludo. Duvida?
Vou explicar um pouco de teoria sobre como os cães aprendem para você entender
Há muitos métodos diferentes de adestrar cachorros. A principal diferença entre eles é a rapidez com que funcionam e o quão prazerosos são para o cachorro e seu dono. Além do mais, independente da raça, cada cachorro tem uma personalidade diferente, portanto o que funciona bem para um não apresenta o mesmo resultado para outro então é necessário entender a teoria para aplicá-la conforme a necessidade.
Existem 2 tipos principais de aprendizagem:
- o condicionamento clássico - Pavlov
- o condicionamento operante - Skinner
Condicionamento Clássico
O Condicionamento Clássico, estudado há 100 anos por Ivan Pavlov, é a associação entre dois eventos, coisas ou situações.
Estudando a ação de enzimas no estômago dos animais (que lhe dera o Prêmio Nobel) fez algumas experiências e observou como os cães e suas funções digestivas se comportavam ao serem estimulados.
A idéia do médico russo era esclarecer como os reflexos condicionados eram adquiridos.
Quando um cachorro vê sua comida tem o reflexo natural de botar seu sistema digestivo para funcionar, daí ele baba, pois a saliva é a primeira substância que age para digerir o alimento.
Pavlov então mostrou que o cachorro podia ficar com água na boca, sem que houvesse alguma comida por perto, mediante outro estímulo.
A experiência funcionava assim: toda vez que os cachorros eram alimentados, o médico tocava uma sineta. Depois de fazer isso várias vezes (o número era diferente para cada animal testado) os cachorros começaram a associar as badaladas à comida. Chegavam a babar só de ouvir o sino, mesmo que o prato estivesse vazio.
A comida, por si só faz os cachorros salivarem naturalmente, portanto é um estímulo não condicionado. Por outro lado, um sino tocando não faz com que os cães salivem, sendo necessário condicioná-los para que associem um sino ao ato de serem alimentados. Assim, o sino é um estímulo condicionado. A nova reação do cão é um reflexo ao estímulo e é uma resposta condicionada.
Isso não quer dizer que o cachorro vai ficar salivando para o resto da vida sempre que ouvir uma sineta. Se ele se acostumar de novo a ouvir o som sem ver a comida por perto, não irá babar mais. Acabará o reflexo ao qual foi condicionado.
Você deve estar perguntando e daí?
Daí você agora pode entender algumas reações do seu peludo que são um reflexo condicionado, como por exemplo, latir como um louco quando escuta a campainha. Neste caso foi condicionado a associar o estímulo da campainha à chegada de um estranho.
Não esqueça, o Condicionamento Clássico ocorre quando um evento antecede e prevê outro: a primeira vez que abro um armário para pegar um biscoito não significa nada para o cachorro, mas se repito essa ação ele saberá que toda vez que abro esse armário ele poderá ganhar um biscoito.
O mesmo acontece com a gente. Ao vermos luzes piscando ou ouvimos uma sirene atrás de nós quando dirigimos podemos ficar tensos automaticamente. Fomos condicionados a associar o som da sirene à experiência desagradável de receber uma multa. Esse aprendizado é passivo e involuntário, acontecendo sem que o aprendiz faça qualquer coisa e muitas vezes sem perceber.
E aí conseguiu ver quantas coisas seu cachorro aprendeu sem querer?
Condicionamento Operante
O conceito de Condicionamento operante foi criado pelo psicólogo Burrhus Frederic Skinner.
Enquanto o trabalho de Pavlov estudava uma reação refletiva a um estímulo condicionado, Skinner interessou-se em criar uma reação de comportamento específica a um estímulo através da introdução de um reforço.
Não entendeu? Então veja como era feita a experiência
O experimento realizado é conhecido como “caixa de Skinner” onde era colocado um rato (ou pombo) privado de água (ou alimento).
O rato se movia de forma aleatória, mas quando se aproximava de uma barrinha perto da parede Skinner introduzia uma gota d´água na caixa, através de um mecanismo e o rato a bebia.
As próximas gotas eram apresentadas quando o rato se aproximava um pouco mais da barra.
As outras quando o rato encostava o nariz na barra, depois as patas e assim por diante até que o rato estava pressionando a barra dezenas de vezes para saciar completamente sua sede
Foi observado que os comportamentos do rato que eram seguidos de um estímulo reforçador (a água) aumentavam de freqüência, enquanto outros diminuíam.